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Agronegócios

O índice de preços de fertilizantes do Banco Mundial


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O índice de preços de fertilizantes do Banco Mundial atingiu no último mês o menor valor desde o início do conflito entre Rússia e Ucrânia, registrando 189,6 pontos. O indicador se baseia nas cotações dos principais fertilizantes do tipo NPK utilizados pelo mercado, atribuindo um peso a cada um com base no volume demandado. Os nitrogenados possuem maior peso na composição do índice pois são mais amplamente utilizados na agricultura quando comparados aos outros tipos.

Em abril do último ano o indicador chegou a registrar 254,9 pontos, diante de incertezas do mercado sobre a capacidade da Rússia, maior exportador da commodity, em manter seus níveis de exportação.

 

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Fonte: Banco Mundial – 2010 fixado em 100

 

Esse arrefecimento no índice de preços de insumos ocorrido no segundo semestre de 2022 foi motivado pela queda nos preços de algumas das matérias primas utilizadas para o processo de produção dos fertilizantes, com destaque para o gás natural na Europa, que é necessário para a produção de compostos nitrogenados. Para exemplificar, segundo dados do Banco Mundial, em agosto de 2022 o gás natural chegou a ser negociado a 1.877 dólares por metro cúbico e ao final de 2022 retornou para 965 dólares por metro cúbico., 

Com a queda no cenário internacional, houve reflexos nos preços no mercado interno. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), em dezembro de 2022, o Brasil importou fertilizantes químicos a 464 dólares a tonelada, valor 25% inferior à média do ano, que foi de 626 dólares. Contudo, esse preço ainda é muito maior do que a média dos últimos 15 anos.

 

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Fonte: SECEX

Apesar dos preços em patamares historicamente elevados, o volume de fertilizantes importados em 2022 foi o segundo maior da história, atingindo 38,2 milhões de toneladas, inferior somente ao volume do ano anterior, quando foram importadas 41,5 milhões de toneladas. O bom momento vivido pela maior parte das commodities produzidas no Brasil, viabiliza economicamente o consumo de fertilizantes mesmo com preços elevados destes. 

Para ilustrar esse contexto, a soja alcançou em 2022, em média, o preço de exportação de 591 dólares por tonelada, maior valor dos últimos 15 anos, e o milho atingiu 282 dólares a tonelada no mesmo período, maior valor desde 2010. 

 

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Essa alta nos preços de exportação se reflete em melhores relações de troca entre as culturas e os adubos, fator determinante para o maior consumo de fertilizantes. Mesmo com preços mais altos, as relações de troca têm melhorado nos últimos anos.

 

Relação de troca – Tonelada de Cultura para uma tonelada de Fertilizantes

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FONTE: SECEX

Retornando ao cenário global, para 2023 é esperamos uma média de preços inferior aos preços observados em 2022, em decorrência dos menores preços de matéria primas, com destaque para o gás natural na Europa, além de uma maior normalização das cadeias logísticas globais. 

 

Fonte: FG/A

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